Brasileiros nascem craques, brasileiros são alegres, são festeiros, cordiais e amigos, malandros com responsabilidade, não gostam de sinal fechado, para tudo dão o jeitinho brasileiro. Para brasileiro, não há tempo ruim. Se chove, ele anda na chuva, se faz sol ele se bronzeia – bom, pelo menos era assim antes do desastre da última enchente.
Agora ser brasileiro é estar no topo do mundo. Entramos no seleto grupo dos países mais ricos do mundo, o tal G20, temos o petróleo do pré-sal e vamos sediar dois mega eventos esportivos nos próximos anos. Com isso o governador do RJ resolve se encontrar com Rudolf Juliane – o cara que acabou com as ganges em NY - para discutir sobre a epidemia de desordem e treinamento para que policiais trabalhem na ocupação dos morros. É tudo que a gente podia querer. Mas o que acontece agora? Agora assistimos estarrecidos a tragédia carioca: Morro do Bumba, Morro dos Prazeres, enchentes, destruição e mortes. A troca de benefícios populistas por votos ocasionou a construção de uma bomba.
Voltando um pouco mais... Em pleno Rio de Janeiro, há pouco eleita uma das cidades onde o povo é mais feliz no planeta, que ostenta uma das maiores maravilhas do planeta Terra e onde tudo continua lindo, alguém derruba um helicóptero com tiros de armas de alto alcance e acontece uma queima generalizada de ônibus – vocês lembram disso? O direito de ir e vir é bloqueado por causa de tiroteiros, de enchentes e pessoas ficam confusas sem saber de fato se o país da copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016 vai ter condições de oferecer condições de segurança para quem vai chegar quando não há segurança para quem vive nele.
A vida do brasileiro, depois do choque imediato, volta rapidamente ao normal, cai no esquecimento. Mas lá fora o nome sujo do Brasil continua perdurando. A fama de brasileiro sangue bom está indo para o ralo. Esse é o momento de se começar uma higienização de nossa cultura conformista e requerer de nossas autoridades a revalorização do Brasil para que a gente volte a cantar com vigor o nosso hino de todas as comemorações. “Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor!”
sexta-feira, 14 de maio de 2010
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Está de parabéns pelo comentário tecido acerca da cultura brasileira. Parece que a violência- algo tão perturbador para o convívio social- tornou-se um ciclo natural nas cidades do brasil, principalmente no rio de janeiro.
ResponderExcluirUm abraço e Saudações
Pablo Sant' Anna